A cidade estremeceu, abalada profundamente, e começou a desabar. […] Nas suas casas, ardiam as velas dos oratórios e as igrejas regurgitavam povo a ouvir missas. Toda a gente, numa onda, correu às praias; mas, rolando em massas, estancou perante a onda que vinha do rio, galgando a inundar as ruas, invadindo as casas. Por sobre este encontro ruidoso, uma nuvem de pó que toldava os ares e escurecia o sol, pairava, formada já pelos detritos das construções e das mobílias, que o abalo interno da terra vasculhava, e os desabamentos enviavam, em estilhas, para o ar.
em http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/terremoto2.htm
Eis uma descrição do Terramto de Lisboa de 1755. Era e de Novembro, dia de Todos os Santos e a população da cidade estava concentrada nas Igrajas em cerimónias religiosas.